Cinco anos e meio depois de deixar Alvalade, o "gigante dinamarquês" não esquece o Clube e afirma ser "sportinguista para a vida"
Qual melhor recordação dos anos em Alvalade?
Obviamente, a conquista do título nacional. Ver o alivio nas pessoas e a i intensidade dos festejos da conquista do campeonato são momentos que nunca irei esquecer. O Sporting não vencia o campeonato há 17 temporadas e existia grande ansiedade em todo o grupo de trabalho à medida que se aproximava o final da prova. Mostrámos qualidade, cumprimos o nosso papel e depois foi a loucura total! O País parou e todo o grupo de trabalho percebeu que tinha conquistado mais do que um titulo de campeão: tinha devolvido o orgulho aos sportinguistas e permitido que eles exteriorizassem, nesse momento, todos aqueles anos de angústia sem vitórias. Fiquei muito feliz por ter participado nesta conquista.
Uma mensagem para os leitores do jornal Sporting?
Um abraço para todos os sportinguistas. Nos dois anos em que estive em Portugal, aprendi a gostar do clube e, hoje, sou apaixonado pelo Sporting. Espero que continue a apostar nos jovens e que consiga os títulos que todos merecem, além de participações positivas na Liga dos Campeões. Espero que volte para o ano e que consiga passar à fase seguinte da "Champions".
"Vir para o Sporting foi uma das melhores decisões da carreira"
Olhando o passado recente, como analisa a sua decisão de deixar o Manchester United e vir para o Sporting?
Como uma das decisões mais acertada da minha vida. Senti que tinha chegado a hora de aceitar que o meu corpo "reclamava" algum descanso e, tal como referi na declaração de despedida do Manchester Utd., saía do clube inglês porque já não era possível aguentar jogos de três em três dias e necessitava de uma semana para me preparar para os encontros. Encontrei isso em Portugal.
Falou-se, na altura, em "falta de ambição profissional" e em "reforma dourada"...
Tal não corresponde à verdade. Tinha acabado de vencer uma Liga dos Campeões, mas não perdera a vontade de continuar a ganhar títulos e preparei-me diariamente para o conseguir no Sporting. Não foi nenhuma reforma, nem perdi a alegria de jogar. Em Portugal, joga-se uma vez por semana e pude verdadeiramente treinar - em vez das sessões de recuperação do esforço que fiz durante anos, em Inglaterra - e este facto fez com que estivesse mais três anos ao meu melhor nivel.
PS: Isto é uma entrevista, que não conhecia por isso resolvi publicar, do grande Schmeichel em 2006 no centenário do nosso Sporting, ao site www.centenariosporting.com, grande guarda-redes grande Homem grande Sportinguista
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