quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Comunicado de Bruno de Carvalho

«No passado dia 20 de Fevereiro, aquando da apresentação da nossa candidatura, anunciei que se as listas adversárias não fossem claras quanto à sua origem e constituição, e esclarecedoras em relação a quem as apoia e domina, iria, a bem da transparência e da verdade devidas aos Sportinguistas, clarificar essa situação.

Aguardei serenamente a respetiva apresentação. Dela veio a resultar, infelizmente, a confirmação de que a constituição dessas listas não havia sido nem clara nem esclarecedora.
A bem do Sporting Clube de Portugal e do respeito que este grande Clube e os seus adeptos e associados nos merecem, é obrigatório que todos sejamos transparentes, frontais e rigorosos.

Se em condições normais, um acto eleitoral no Clube pressupõe um período eleitoral sereno, esclarecedor e elevado, as actuais circunstâncias, marcadas por uma enorme crise de gestão, financeira, desportiva e emocional, reforçam essa exigência.

Por isso a pressão financeira que está a ser exercida sobre as centenas de profissionais dedicados e competentes do nosso Clube e da nossa SAD é escandalosa e inadmissível, e é altamente desrespeitosa para quem se dedica de alma e coração ao Sporting Clube de Portugal. Ela tem como único objectivo provocar um estado de ansiedade que irá contribuir fortemente para a destabilização deste período eleitoral, condicionando as opções e as escolhas de quem deveria decidir em consciência e livremente, sem pressões nem coacções.

Somos intransigentemente contra este tipo de práticas, e defenderemos até as últimas consequências os colaboradores, funcionários e atletas do Clube e da SAD, porque são merecedores do nosso maior respeito e da nossa máxima consideração.

A incapacidade que a constituição dessas Listas demonstrou revelou um enorme desrespeito pelos nossos Estatutos e pelos próprios Sportinguistas. O ardil falhado de Listas que não se apresentaram completas para aproveitarem a boleia de outras – que desistindo a seu favor para o Conselho Directivo, se candidatariam apenas ao Conselho Leonino, mas que a conjunta incompetência não conseguiu concretizar – levou a que tivessem posteriormente de avançar com a desculpa atabalhoada que tal se teria devido apenas ao desejo de extinção do Conselho Leonino.

Ora tamanhas falta de transparência e de independência são inadmissíveis em quem quer liderar o Sporting Clube de Portugal. Quem pretende ser Presidente do Sporting não deve tentar disfarçar a incapacidade demonstrada numa operação cosmética de feitura de listas que acaba mal, com um ataque enviesado a um órgão estatutário do Clube, neste caso o Conselho Leonino. Quem pretende ser Presidente do Sporting deve obviamente poder propor as alterações que entender, mas apenas no pleno e integral respeito pelos Estatutos do Clube e pelos Sócios, a quem compete aprovar quaisquer alterações aos mesmos.

De forma clara e frontal apresentei detalhadamente aos associados o meu programa eleitoral e os elementos que formam a minha equipa, para que possam de forma transparente ser escrutinados por todos os sportinguistas.

Esta é a única forma com que sei lidar com a Família sportinguista que amo e respeito. E mais uma vez verifico com muita tristeza e indignação que a minha frontalidade e a minha transparência não foram acompanhadas por outras candidaturas que, com jogos e acordos de bastidores, apresentaram listas curtas e incompletas com a intenção de poderem ardilosamente colocar à socapa no Clube e na SAD, depois das eleições, pessoas não escrutinadas nem eleitas pelos sócios do Sporting.

A unidade e a coesão de que o Sporting necessita não pode ser um mero pretexto para permitir a entrada no Clube pela porta das traseiras àqueles que os Sportinguistas não elegeram pela porta principal.

O Conselho Directivo não pode nem deve depender de alegadas “Comissões”, mas sim de uma equipa eleita democraticamente nos termos estatutários, que se responsabilize e seja responsabilizada, e privilegie o ecletismo que integra o ADN do nosso Clube.

Ser Presidente deste grande clube de dimensão mundial não deve resultar de uma aceitação calculista e resignada decorrente da pré-escolha de diversos nomes, testados sucessivamente na comunicação social ao sabor de pressões diversas. Só poderá verdadeiramente ser Presidente do Sporting Clube de Portugal quem não hesitar em fazer da sua Paixão pelo clube, motivação e honra bastantes para pôr, sem quaisquer hesitações ou calculismos, a sua capacidade de liderança e a sua competência ao serviço do Sporting Clube de Portugal e de todos os Sportinguistas.

Neste momento, as notícias que têm dado nome e rosto às pessoas que colaboram com os projetos, bem como os apoios que lhes têm sido manifestados, tornam já desnecessárias quaisquer considerações adicionais, por serem agora claras para todos as motivações, os apoios e os verdadeiros responsáveis pelas listas que vão a sufrágio no próximo dia 23 de Março.

Desejo que tenhamos um ato eleitoral sereno, elevado e digno, que demonstre ao Mundo a nossa grandeza. E que no final ganhe o Sporting Clube de Portugal, e com isso todos os Sportinguistas.

Vivam os e as Sportinguistas!

Viva o Sporting Clube de Portugal!

Bruno de Carvalho

Candidato à Presidência do Sporting Clube de Portugal»

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