Diogo Salomão chegou ao Sporting sem grande alarido, mas tem dado nas vistas ao longo dos trabalhos de pré-época. A permanência no plantel leonino até nem está garantida, mas Paulo Sérgio adivinha grande futuro ao jovem jogador, contratado ao Real Sport Clube, de Massamá.
«Veio de um campeonato amador, não fez a formação num clube grande, mas tem um potencial brutal. Treina como joga. Se mantiver a humildade, pode singrar ao mais alto nível», disse o técnico leonino, em conferência de imprensa.
A decisão sobre o futuro de Salomão não deve estar para breve. Interessados não faltam, e Paulo Sérgio quer ver o que o mercado oferece, antes de se pronunciar. «Vamos decidir se é interesse que ele permaneça no grupo que formamos até fechar o mercado, ou se o melhor é colocá-lo a jogar a um nível diferente daquele em que estava. Temos todo o tempo do mundo, pois já várias pessoas repararam no talento do miúdo, e por isso temos vários pedidos de cedência.»
O treinador do Sporting continua a aguardar a chegada de mais reforços, mas mesmo que não apareça mais nenhuma cara nova, não vira a cara à luta: «A qualidade dos atletas é um aspecto fundamental para lutar pelo título. É preciso ter as ferramentas adequadas mas seja qual for o grupo, lutará pelos objectivos máximos.»
Quatro reforços, com aspas, e a baliza em aberto
Para já, o técnico mostra-se satisfeito com a chegada de quatro reforços com aspas. Liedson, Miguel Veloso, Pedro Mendes e Matías Fernandez juntaram-se ao trabalho após a presença no Campeonato do Mundo. «Não começámos a trabalhar com todos ao mesmo tempo, e isso faz-se sentir. Quando os pontos começarem a contar, esperemos ter maior equilíbrio.»
Fora de hipótese parece estar um regresso de Evaldo a Braga. Na sexta-feira surgiram notícias que davam conta de um alegado atraso do Sporting no pagamento de uma parcela da transferência, o que podia cancelar o negócio. «Contamos com o Evaldo a 100 por cento. Tanto quanto sei, a notícia não tem fundamento», respondeu o técnico.
No que diz respeito à baliza, continua tudo em aberto. Paulo Sérgio já assumiu que queria outro guarda-redes, mas não sabe se o vai ter, e o futuro de Stojkovic também continua incerto. «O Sporting, neste momento, tem quatro excelentes guarda-redes. Até final do mercado tudo pode acontecer. Podemos vender, podemos comprar, podemos não mexer. Disse que queria um guarda-redes com experiência, para obrigar o Rui a trabalhar mais e a crescer. Não é duvidar do valor dele, é valorizá-lo. Sabemos que o Stoj tem mercado, e o próprio Rui tem mercado», disse o treinador do Sporting, em conferência de imprensa.
Paulo Sérgio quer um Sporting de peito feito. Sem bicos de pés, mas capaz de impor a sua filosofia em qualquer campo. No Estádio do Dragão ou na Luz, assim como na visita ao Nordsjaelland. Daí que o favoritismo neste duelo da Liga Europa seja assumido com naturalidade.
«O Sporting tem de ser sempre favorito. Quero um Sporting que acredite em si, qualquer que seja o adversário», disse o técnico, sem desvalorizar a equipa dinamarquesa: «Não é um adversário dos campeonatos mais sonantes, mas merece tanto respeito quanto um nome sonante. Deve ser preparado com todo os cuidados. Não é facilitando que se segue em frente.»
Muito cuidado será também o requisito necessário para preparar a primeira mão, que surge apenas quatro dias após o jogo de preparação com o Tottenham, nos Estados Unidos. Paulo Sérgio assume que «não é a situação mais favorável», mas já tem a solução. «A equipa que disputar o encontro da Liga Europa não joga o último da digressão. A equipa que eu apresentar no segundo jogo lá (ndr. Man City) andará próxima daquela que vou utilizar na Liga Europa.»
Ainda antes da viagem para os Estados Unidos há o jogo de apresentação da equipa aos associados, diante do Lyon. Um encontro que vai ser disputado com o intuito de agradar aos adeptos, mas sem esquecer as necessidades da equipa, no contexto da preparação da época. «A exigência começa quando os pontos contarem», espera Paulo Sérgio, que vai testar tanto o 4x4x2 como o 4x3x3.
O ex-capitão já joga de dragão ao peito, mas no Sporting ainda não há sucessor para receber a braçadeira de capitão. O primeiro compromisso oficial não está assim tão distante, mas Paulo Sérgio não está preocupado com a definição de um novo líder do grupo, pois entende que essa responsabilidade deve ser partilhada por vários elementos.
«Continuaremos a trabalhar desta maneira. Quero ver a braçadeira no braço de cinco ou seis atletas», afirmou o técnico, antes de justificar a opção: «Quero responsabilizá-los, quero vê-los mais envolvidos com a estrutura. As minhas equipas nunca têm um capitão, ainda que possa haver um elemento que transporte a braçadeira mais vezes. Não é preocupante decidir hoje ou amanhã. Todos eles têm de ser um pouco capitães.»
A transferência do ex-capitão para o rival F.C. Porto não mereceu qualquer comentário alongado. O técnico leonino limitou-se a dizer que foi «um acordo entre três partes».
FONTE: www.maisfutebol.iol.pt
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