«No passado dia 20 de
Fevereiro, aquando da apresentação da nossa candidatura, anunciei que se
as listas adversárias não fossem claras quanto à sua origem e
constituição, e esclarecedoras em relação a quem as apoia e domina,
iria, a bem da transparência e da verdade devidas aos Sportinguistas,
clarificar essa situação.
Aguardei serenamente a respetiva
apresentação. Dela veio a resultar, infelizmente, a confirmação de que a
constituição dessas listas não havia sido nem clara nem esclarecedora.
A
bem do Sporting Clube de Portugal e do respeito que este grande Clube e
os seus adeptos e associados nos merecem, é obrigatório que todos
sejamos transparentes, frontais e rigorosos.
Se em condições
normais, um acto eleitoral no Clube pressupõe um período eleitoral
sereno, esclarecedor e elevado, as actuais circunstâncias, marcadas por
uma enorme crise de gestão, financeira, desportiva e emocional, reforçam
essa exigência.
Por isso a pressão financeira que está a ser
exercida sobre as centenas de profissionais dedicados e competentes do
nosso Clube e da nossa SAD é escandalosa e inadmissível, e é altamente
desrespeitosa para quem se dedica de alma e coração ao Sporting Clube de
Portugal. Ela tem como único objectivo provocar um estado de ansiedade
que irá contribuir fortemente para a destabilização deste período
eleitoral, condicionando as opções e as escolhas de quem deveria decidir
em consciência e livremente, sem pressões nem coacções.
Somos
intransigentemente contra este tipo de práticas, e defenderemos até as
últimas consequências os colaboradores, funcionários e atletas do Clube e
da SAD, porque são merecedores do nosso maior respeito e da nossa
máxima consideração.
A incapacidade que a constituição dessas
Listas demonstrou revelou um enorme desrespeito pelos nossos Estatutos e
pelos próprios Sportinguistas. O ardil falhado de Listas que não se
apresentaram completas para aproveitarem a boleia de outras – que
desistindo a seu favor para o Conselho Directivo, se candidatariam
apenas ao Conselho Leonino, mas que a conjunta incompetência não
conseguiu concretizar – levou a que tivessem posteriormente de avançar
com a desculpa atabalhoada que tal se teria devido apenas ao desejo de
extinção do Conselho Leonino.
Ora tamanhas falta de transparência
e de independência são inadmissíveis em quem quer liderar o Sporting
Clube de Portugal. Quem pretende ser Presidente do Sporting não deve
tentar disfarçar a incapacidade demonstrada numa operação cosmética de
feitura de listas que acaba mal, com um ataque enviesado a um órgão
estatutário do Clube, neste caso o Conselho Leonino. Quem pretende ser
Presidente do Sporting deve obviamente poder propor as alterações que
entender, mas apenas no pleno e integral respeito pelos Estatutos do
Clube e pelos Sócios, a quem compete aprovar quaisquer alterações aos
mesmos.
De forma clara e frontal apresentei detalhadamente aos
associados o meu programa eleitoral e os elementos que formam a minha
equipa, para que possam de forma transparente ser escrutinados por todos
os sportinguistas.
Esta é a única forma com que sei lidar com a
Família sportinguista que amo e respeito. E mais uma vez verifico com
muita tristeza e indignação que a minha frontalidade e a minha
transparência não foram acompanhadas por outras candidaturas que, com
jogos e acordos de bastidores, apresentaram listas curtas e incompletas
com a intenção de poderem ardilosamente colocar à socapa no Clube e na
SAD, depois das eleições, pessoas não escrutinadas nem eleitas pelos
sócios do Sporting.
A unidade e a coesão de que o Sporting
necessita não pode ser um mero pretexto para permitir a entrada no Clube
pela porta das traseiras àqueles que os Sportinguistas não elegeram
pela porta principal.
O Conselho Directivo não pode nem deve
depender de alegadas “Comissões”, mas sim de uma equipa eleita
democraticamente nos termos estatutários, que se responsabilize e seja
responsabilizada, e privilegie o ecletismo que integra o ADN do nosso
Clube.
Ser Presidente deste grande clube de dimensão mundial não
deve resultar de uma aceitação calculista e resignada decorrente da
pré-escolha de diversos nomes, testados sucessivamente na comunicação
social ao sabor de pressões diversas. Só poderá verdadeiramente ser
Presidente do Sporting Clube de Portugal quem não hesitar em fazer da
sua Paixão pelo clube, motivação e honra bastantes para pôr, sem
quaisquer hesitações ou calculismos, a sua capacidade de liderança e a
sua competência ao serviço do Sporting Clube de Portugal e de todos os
Sportinguistas.
Neste momento, as notícias que têm dado nome e
rosto às pessoas que colaboram com os projetos, bem como os apoios que
lhes têm sido manifestados, tornam já desnecessárias quaisquer
considerações adicionais, por serem agora claras para todos as
motivações, os apoios e os verdadeiros responsáveis pelas listas que vão
a sufrágio no próximo dia 23 de Março.
Desejo que tenhamos um
ato eleitoral sereno, elevado e digno, que demonstre ao Mundo a nossa
grandeza. E que no final ganhe o Sporting Clube de Portugal, e com isso
todos os Sportinguistas.
Vivam os e as Sportinguistas!
Viva o Sporting Clube de Portugal!
Bruno de Carvalho
Candidato à Presidência do Sporting Clube de Portugal»
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