Anderson Polga despediu-se de uma longa carreira de nove anos ligado ao Sporting e falou das recordações que leva de Alvalade.
Na
companhia de Luís Duque, Ricardo Sá Pinto, Carlos Freitas, e do médico
Frederico Varandas, em conferência de imprensa, o defesa-central não
disfarçou a tristeza pelo adeus ao Sporting. “Este momento é uma mescla
de sentimentos para mim, mas sinto um grande orgulho e um prazer enorme
por ter saído do meu país e ter encontrado em Portugal um clube como o
Sporting, que me acolheu e me deu todas as condições para trabalhar e
dar o meu melhor. Sinto-me honrado pelo carinho e respeito que recebi do
Clube, dos adeptos, das pessoas com quem trabalhei durante estes nove
anos. Em todos os momentos que vesti a camisola do Sporting vesti-a com
orgulho, vontade de vencer e determinação. A partir de hoje serei um
adepto sportinguista de coração e vou estar a torcer a vibrar com as
vitórias. O Sporting, tal como Portugal, fez parte da minha vida e não
irei esquecer estes nove anos”, disse.
Proveniente do Grémio de
Porto Alegre, o defesa-central campeão do Mundo pelo Brasil, em 2002,
lembra-se bem do dia em que chegou a Alvalade. “Recordo-me bem do dia em
que me apresentei, do trabalho que me propus a fazer e a cada dia que
passava sentia-me mais contente por permanecer no Sporting. Tive mais
alegrias do que tristezas, mas os momentos maus também fazem parte da
carreira de um jogador. Saio de cabeça levantada. Sinto-me muito
orgulhoso por ter feito parte deste Clube centenário, que tem uma grande
massa associativa, e daqui para a frente serei certamente um grande
adepto do Sporting”, salientou.
O central brasileiro confidenciou
que a maior mágoa nestes nove anos foi o facto de não ter conseguido
sagrar-se campeão nacional. “Esse é um desejo meu e de todos os
jogadores que aqui se encontram. Tivemos a oportunidade para que isso
acontecesse, mas infelizmente não foi possível. Era um objectivo, mas
agora vou ficar a torcer para que isso aconteça o mais brevemente
possível” exprimiu.
A perda recente da final da Taça de Portugal
também foi abordada pelo jogador brasileiro. “Quando perdemos o
sentimento é de frustração. Quando chegamos a uma final é para vencer, e
como essa foi a última, o sentimento demora um pouco mais a esquecer.
Queria muito essa conquista, tal como todas as pessoas dentro do Clube e
também os adeptos, mas não fomos como equipa aquilo vínhamos
demonstrando em campo e por isso é mais difícil esquecer essa derrota”,
frisou.
O central brasileiro afirmou depois que não lhe foi
oferecido qualquer cargo na estrutura verde e branca e garante que vai
continuar a jogar, em princípio no Brasil. “Ainda não tenho destino
certo, mas não vou permanecer em Portugal. Há possibilidades no Brasil,
outras para fora, mas vou analisar as opções com calma e decidir o
melhor para mim”, indicou.
No final da conferência de imprensa o
treinador Sá Pinto ofereceu a Polga uma bola autografada por todo o
plantel, enquanto Luís Duque entregou-lhe uma réplica em prata do
Estádio José Alvalade. “É um presente para ele ter em casa para que
nunca se esqueça do Clube, porque o Sporting também não irá esquecer os
nove anos em que teve um campeão do Mundo ao serviço e que sempre honrou
a camisola e os adeptos”, disse o administrador da Sporting SAD.
Anderson
Polga realizou 327 jogos oficiais pelo Sporting, conquistou duas Taças
de Portugal e duas Supertaças, tendo sido ainda finalista vencido da
Taça UEFA.
FONTE: www.sporting.pt
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