quinta-feira, 24 de maio de 2012

Obrigado Polga

Anderson Polga despediu-se de uma longa carreira de nove anos ligado ao Sporting e falou das recordações que leva de Alvalade.
Na companhia de Luís Duque, Ricardo Sá Pinto, Carlos Freitas, e do médico Frederico Varandas, em conferência de imprensa, o defesa-central não disfarçou a tristeza pelo adeus ao Sporting. “Este momento é uma mescla de sentimentos para mim, mas sinto um grande orgulho e um prazer enorme por ter saído do meu país e ter encontrado em Portugal um clube como o Sporting, que me acolheu e me deu todas as condições para trabalhar e dar o meu melhor. Sinto-me honrado pelo carinho e respeito que recebi do Clube, dos adeptos, das pessoas com quem trabalhei durante estes nove anos. Em todos os momentos que vesti a camisola do Sporting vesti-a com orgulho, vontade de vencer e determinação. A partir de hoje serei um adepto sportinguista de coração e vou estar a torcer a vibrar com as vitórias. O Sporting, tal como Portugal, fez parte da minha vida e não irei esquecer estes nove anos”, disse.
Proveniente do Grémio de Porto Alegre, o defesa-central campeão do Mundo pelo Brasil, em 2002, lembra-se bem do dia em que chegou a Alvalade. “Recordo-me bem do dia em que me apresentei, do trabalho que me propus a fazer e a cada dia que passava sentia-me mais contente por permanecer no Sporting. Tive mais alegrias do que tristezas, mas os momentos maus também fazem parte da carreira de um jogador. Saio de cabeça levantada. Sinto-me muito orgulhoso por ter feito parte deste Clube centenário, que tem uma grande massa associativa, e daqui para a frente serei certamente um grande adepto do Sporting”, salientou.
O central brasileiro confidenciou que a maior mágoa nestes nove anos foi o facto de não ter conseguido sagrar-se campeão nacional. “Esse é um desejo meu e de todos os jogadores que aqui se encontram. Tivemos a oportunidade para que isso acontecesse, mas infelizmente não foi possível. Era um objectivo, mas agora vou ficar a torcer para que isso aconteça o mais brevemente possível” exprimiu.
A perda recente da final da Taça de Portugal também foi abordada pelo jogador brasileiro. “Quando perdemos o sentimento é de frustração. Quando chegamos a uma final é para vencer, e como essa foi a última, o sentimento demora um pouco mais a esquecer. Queria muito essa conquista, tal como todas as pessoas dentro do Clube e também os adeptos, mas não fomos como equipa aquilo vínhamos demonstrando em campo e por isso é mais difícil esquecer essa derrota”, frisou.
O central brasileiro afirmou depois que não lhe foi oferecido qualquer cargo na estrutura verde e branca e garante que vai continuar a jogar, em princípio no Brasil. “Ainda não tenho destino certo, mas não vou permanecer em Portugal. Há possibilidades no Brasil, outras para fora, mas vou analisar as opções com calma e decidir o melhor para mim”, indicou.
No final da conferência de imprensa o treinador Sá Pinto ofereceu a Polga uma bola autografada por todo o plantel, enquanto Luís Duque entregou-lhe uma réplica em prata do Estádio José Alvalade. “É um presente para ele ter em casa para que nunca se esqueça do Clube, porque o Sporting também não irá esquecer os nove anos em que teve um campeão do Mundo ao serviço e que sempre honrou a camisola e os adeptos”, disse o administrador da Sporting SAD.
Anderson Polga realizou 327 jogos oficiais pelo Sporting, conquistou duas Taças de Portugal e duas Supertaças, tendo sido ainda finalista vencido da Taça UEFA.

FONTE: www.sporting.pt

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